sexta-feira, 8 de julho de 2011

MUP




MUP





“Xavecar é uma arte”, já dizia a minha professora de História da Arte. Nos resta saber, é claro, em qual tipo artístico o xaveco se enquadra. Pera aê: “enquadra” ficou meio pesado... dá impressão que é algum tipo de crime. O xaveco não se enquadra... ele se ajeita. Ele é como um bagre ensaboado que vai de mão em mão até voltar pra debaixo d’água. Se você é vegetariano e não gostou da metáfora, aqui vai outra: o xaveco é o famoso quiabo... que de tão liso, escapa dos dentes e volta pra terra quase do mesmo jeito que veio!
Eu penso que não existe xaveco errado... o que existe é a vítima errada. Há sempre um coração carente à espera de um xaveco caliente e há sempre um coração cansado à espera de um xaveco furado! Portanto, é uma questão de feeling: localizar e tipificar a vítima. Eu ainda vou me tornar milionário porque inventarei um GPS pra isso. Você ligará o aparelho e um emoticon “tristinho” indicará a exata localização da vítima necessitada... (ou do “vítimo necessitado”, na versão feminina).
É... mas enquanto o aparelho não chega ao mercado, bom mesmo é aguçarmos o feeling, porque senão... de predadores  passaremos à vítimas. E o pior é que quando isso acontece, nós sequer percebemos, a menos que queiramos assumir nossa carência (o que não é o nosso caso, porque somos predadores!). PS: Não percam os próximos parágrafos: serão muito úteis já que ainda não concluí o GPS.
E é munido deste sentimento [1]predadorístico, que apresento a vocês, caros leitores, o MUP: Manual Universal de Predador (a), nas versões GIGA-MUP, com capa-dura vigorosa e letras garrafais, e NANO-MUP, com um perfil “pocket” que cabe no seu orçamento. Particularmente, eu recomendo a versão NANO-MUP, uma vez que não importa o tamanho do seu MUP e sim, a mágica que o seu MUP proporciona.
Então, no MUP encontramos todos os perfis possíveis de vítimas: temos o perfil “faxineira-carente”, em que o xaveco deve ser regado à [2]bombeirinho, banda de forró e muito suor. Temos o perfil “porteiro de condomínio”, em que o xaveco acompanha uma roupa íntima do [3]Curíntia; temos o perfil “cibernético” ou “cibernética”; em que o papo começa num Chat, evolui para Orkut e Facebook e msn, salta mais um degrau para o telefone, e, por último, parte para as vias convencionais (porque ninguém é de ferro!).E o MUP também apresenta perfis inusitados tal como o “sadô-masô”: com xaveco-unhada, tapa, couro e chibata, o “Madre Tereza”, (onde o predador(a) reza um terço no quarto, vai com a vítima “pro’s quinto” e joga a coitada no cesto!) e o “Greenpeace” ... (bem, cabe aqui um adendo aos predadores masculinos interessados em vítimas femininas adequadas ao perfil “Greenpeace”: elas não gostam de se depilar, pois são contra o desmatamento). Portanto, se você, predador, não curte muito o estilo floresta amazônica das vítimas “greenpeace”, redirecione o seu ataque para o perfil “skinhead” ... (preciso explicar ???????).
O que não falta é gente pra ser xavecada. Mas a coisa é como eu disse: é preciso escolher a vítima certa. Não podemos aplicar um xaveco “sadô-mazô” numa vítima “madre tereza”, ou ainda ... um papo pra “faxineira-carente” numa pseudo-intelectual do perfil “greenpeace”.
Aliás, que fique bem claro: NÃO TENHO NADA CONTRA O GREENPEACE! Adoro verde! Ontem mesmo comprei um espartilho verde pra minha namorada. E por falar na dita-cuja, ela é do perfil ... ... ... (há-han ... acharam mesmo que eu iria revelar o perfil MUP da minha namorada e entregar de bandeja meses de árdua batalha?!) Vão “MUPAR” a mulher do ZÔTO!
ZÔTO?! Quem é esse tal de ZÔTO?! Pra falar a verdade eu não sei quem é, mas sei que todo mundo ama cuidar da vida dele.Coisa mais sem noção este texto. Eu deveria tê-lo terminado há dois parágrafos atrás...  


[1] Não procurem esta palavra no dicionário ou no google, pois ela não existe. Ela é fruto da psicodelia do autor.
[2] Bombeirinho: famoso drink popular com gelo, pinga e groselha. Acompanha um belo torrêmu cabeludo.
[3] Dizem por aí que é um time de futebol...

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